No contexto Europeu a Bolsa do Porco Portuguesa era a única que, até ontem, não apresentava a necessária cotação semanal.
Assim, os operadores nomeados pelas organizações associadas, reuniram no Montijo, chegando a um acordo que permitiu, ao fim de muitos anos, fixar essa cotação.
Para isto muito contribuiu a facto de nas últimas semanas ter sido notória a procura de porcos portugueses, o que deu sustentabilidade à cotação fixada, tendo a indústria sentada na mesa de cotações, afirmado uma vez mais que continua a dar preferência aos porcos nacionais.
Numa de crise como aquela que atravessamos é importante dar as mãos, é importante sermos patriotas, defendendo o nosso país, a nossa indústria e a nossa produção pois só assim garantiremos os empregos e o poder de compra dos consumidores portugueses.
Todos estamos de acordo que a fileira passa por momentos conturbados e a produção em especial vive, na minha opinião, a pior crise de sempre!
Por isso temos vindo a assistir, desde há dois meses a todo o tipo de movimentações dos suinicultores, que reclamam a devida rotulagem do nosso produto, pois só assim será possível diferenciar aquilo que na realidade é português.
Tenho a certeza que, não existindo nenhum motivo para que a Produção, a Industria e o Comércio não defendam a promoção da carne de porco através da sua identificação, assistiremos a partir de agora a uma eficiente rotulagem da carne portuguesa.
Termino afirmando que, num país com um grau de auto-suficiência de 55% de carne de porco, não é preciso muito para dar o empurrão que o sector tanto necessita.
Basta querer ...
Nuno Correia
Presidente da Bolsa do Porco
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